Cirurgia de Safena com Endolaser

O que é?
O endolaser para safena é uma técnica moderna utilizada no tratamento da veia safena doente. Nesse caso, a veia safena NÃO é retirada, mas sim excluída por ablação térmica (calor). O endolaser, por ser menos invasivo, possui inúmeras vantagens em relação ao tratamento convencional e configura-se numa técnica superior a esta última. Entre as suas vantagens, podemos citar: menor período de recuperação, possibilidade de ser realizada em consultório bem equipado, menor agressividade, menor dor no pós operatório, melhor resultado estético e alta resolutividade. O endolaser está amplamente difundido no mundo e alcançou o status de PRIMEIRA OPÇÃO NO TRATAMENTO DE VARIZES, em vários países.

Não confunda endolaser (que é utilizado por dentro da safena doente) com laser transdérmico (que é utilizado sobre a pele para tratar microvarizes)!

Para quem é indicada?
O endolaser é indicado para todos aqueles pacientes que apresentam veia safena doente e dilatada no ultrassom Doppler e apresentam sintomas relacionados a esse achado. Ou seja, a safena perdeu a sua função de transportar o sangue no sentido dos pés para o coração, permitindo que o sangue acumule nas partes mais baixas da perna, aumentando a pressão na região e provocando as queixas clássicas de varizes: dor em peso, cansaço nas pernas, inchaço nas pernas, que melhoram quando elevam-se os membros.

Como é feito o tratamento?
Sob anestesia, nós puncionamos a veia safena doente no ponto mais baixo possível (fazemos apenas um furinho nela; NÃO há cortes!!) e por dentro dela passamos uma fibra comprida com um laser na sua ponta até a porção mais alta da veia. A passagem da fibra dentro da veia é sempre acompanhada pelo ultrassom para termos certeza que estamos no caminho certo até o posicionamento da fibra no lugar que queremos tratar. Antes de acionarmos o laser, aplicamos soro fisiológico em torno de toda a safena que será tratada, também guiado por ultrassom; essa manobra é super importante para afastarmos a safena das outras estruturas que não queremos atingir com o endolaser, como nervos e pele. A seguir, começamos os disparos do endolaser acionados com um pedal. O laser é disparado em 360 na ponta da fibra e o cirurgião vascular vai puxando a fibra para que ela percorra toda a safena doente desde a parte superior até ela sair pelo furo que fizemos no início do procedimento. Muito legal não é? Ainda na cirurgia, imediatamente após a retirada do endolaser, podemos fazer uma ultrassonografia e visualizar a veia safena fechada, o que significa que ela está tratada.

E o resultado?
A oclusão da veia safena promovida pelo endolaser varia de 88-100%, com resultados mantidos mesmo após anos de seguimento. E mesmo quando essa veia reabre, os sintomas que existiam antes da cirurgia não costumam voltar. Com a técnica do endolaser há menor índice de dor no pós-operatório e retorno precoce ao trabalho. O período de repouso varia de 24 a 48 horas, mas depende do tamanho da cirurgia e da quantidade de varizes a serem retiradas além da safena. O índice de satisfação dos pacientes com essa técnica ultrapassa 90% e quando questionados se fariam essa cirurgia novamente, mais de 80% dos pacientes responderam que sim.

Quais os riscos?
Como em todo procedimento cirúrgico, há descrição de complicações relacionadas ao laser endovascular. Entre as complicações citamos: - Trombose venosa profunda - Lesão neurológica térmica - Queimadura de pele - Flebites Tais complicações são conhecidas e evitáveis se tomarmos os cuidados necessários. Evidentemente, isso não anula a possibilidade de ocorrência desses desfechos desagradáveis, mas os tornam muito infrequentes. O cirurgião vascular deve conhecer bem o funcionamento da máquina para ajuste adequado dos seus parâmetros, visando realizar um procedimento eficaz e, ao mesmo tempo, seguro. Daí a importância de escolher um profissional habilitado na hora de fazer a sua cirurgia.

Cuidados após o tratamento?
Imediatamente após a cirurgia, ainda na sala cirúrgica, o paciente é calçado com uma meia de compressão elástica para promover melhor fechamento da veia e diminuir sangramento/hematomas futuros. O período de repouso costuma ser bem curto e muito inferior ao da cirurgia convencional, quando retiramos a safena. O paciente geralmente volta ao trabalho após 2-5 dias após o procedimento, dependendo do tamanho da cirurgia. Recomenda-se usar meias elásticas por 7 dias, em média, após esse tipo de cirurgia podendo estender-se por 6 semanas em cirurgias de maior porte. Após a cirurgia, recomendamos repouso relativo com os membros inferiores elevados. Isso significa que o paciente não deve ser manter deitado o tempo todo, sendo indicada a movimentação ativa das pernas precocemente para evitarmos tromboses. O paciente deve ainda realizar o controle da cirurgia com ultrassonografias em intervalos definidos pelo seu médico.

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