Laser Vascular Transdérmico

O que é?
O laser vascular transdérmico é uma técnica de tratamento de microvarizes e vasinhos superficiais (veias até 3mm de diâmetro), utilizando uma fonte de luz (energia eletromagnética). O objetivo dessa técnica é causar um superaquecimento seletivo, apenas no vasinho que queremos atingir e, consequentemente, ocluir esse vaso, apagando-o da perna. Ou seja, ocluímos a veia por efeito do calor local, bem direcionado. O equipamento de laser mais utilizado pelo cirurgião vascular para tratar os membros inferiores é o Nd:Yag com comprimentos de ondas de 1.064nm

Para quem é indicada?
O laser vascular transdérmico é indicado para todos os pacientes que têm vasinhos superficiais nas pernas e se incomodam com eles. Esse incômodo pode ser desde uma queixa estética até a presença de sintomas como dor, ardência e queimação local. Lembrando que essa técnica está reservada para aqueles vasos fininhos (que parecem uma aranha, sabe?), avermelhados ou azulados e bem superficiais. Varizes calibrosas, tortuosas e saltadas da pele em geral não devem ser tratadas com esse procedimento. Por isso, antes de iniciar qualquer tratamento, uma consulta médica detalhada deve ser realizada para avaliar qual método se adequa ao seu caso.

Como é feito o tratamento?
Inicialmente, o cirurgião deve examinar detalhadamente o membro do paciente. Se forem identificados vasinhos finos na superfície da pele, o médico deve se certificar se eles estão sozinhos ou se estão ligados a outras veias nutridoras mais profundas (que “alimentam”esses vasinhos) ou até mesmo se não existe doença nas veias safenas por baixo da lesão. Se existirem veias mais fundas doentes, elas devem ser tratadas primeiro ou de forma concomitante com o tratamento dos vasinhos. A doença sempre deve ser tratada de dentro pra fora. “Cortando o mal pela raiz”. O tratamento dos vasinhos, sem o tratamento de vasos mais profundos, levará a resultados insatisfatórios e persistência das queixas. A busca por esses vasos profundos é feita com aparelhos de realidade aumentada (que dispara uma luz especial sobre a pele, revelando vasos não visíveis a olho nu) e através do exame de ultrassonografia com Doppler, indispensável para o planejamento do tratamento. Uma vez indicado o laser vascular transdérmico, o médico pode por o paciente de pé e marcar com um lápis branco pontilhados sobre o vaso a ser tratado, com auxílio da realidade aumentada, para guiar o caminho que o laser percorrerá. O paciente é então colocado deitado sobre a maca e inicia-se a etapa principal do tratamento. O laser é disparado por uma pistola calibrada que dispara o feixe de luz pontualmente quando acionada por um pedal. Equipe médica e paciente devem proteger seus olhos com óculos apropriados para prevenir os efeitos deletérios do laser sobre a retina. Durante todo o tempo do funcionamento do laser, os olhos devem estar protegidos. Os parâmetros do equipamento devem ser ajustados caso a caso, levando-se em consideração vários aspectos como: cor da pele, calibre, profundidade e cor da veia e qual a capacidade de absorção do tecido alvo. Para cada tipo de vasinho e para cada paciente, há um ajuste a ser feito. Por isso, não existe receita de bolo pronta. O tratamento com laser transdérmico das lesões vasculares requer conhecimento técnico aprofundado e capacidade de adaptação de acordo com cada paciente e cada aparelho. Daí a importância de escolher muito bem o seu cirurgião. A não obediência a esses princípios pode conduzir a complicações e sequelas de difícil reversão.

O laser vascular transdérmico dói?
O limiar de dor varia muito de pessoa para pessoa, mas mesmo naquelas mais sensíveis, o laser transdérmico costuma ser bem tolerado. Há várias técnicas que podem ser utilizadas para minimizar o desconforto na hora do procedimento, como por exemplo: uso de anestésicos tópicos, uso de analgésicos orais, uso de agentes inalatórios para sedação leve e o resfriamento da pele a cerca de -40 graus onde o laser será disparado. Esses recursos, separadamente ou em associação, permitem a realização do tratamento com conforto e segurança.

E o resultado?
O tratamento de veias dos membros inferiores com o laser transdérmico é eficiente, duradouro e tem embasamento científico. Faz-se necessária uma avaliação criteriosa para que se indique corretamente em quais lesões o laser poderá ter bom resultado. O conhecimento dos limites do aparelho que está em uso é a chave para melhor adaptar os parâmetros desejados e alcançar o resultado almejado, evitando complicações.

Quais os riscos?
Como em todo procedimento cirúrgico, há descrição de complicações relacionadas ao laser transdérmico. Entre as complicações citamos: - Queimaduras e crosta - Manchas claras (hipopigmentação) - Manchas escuras (hiperpigmentação) - Flebites Tais complicações são conhecidas e evitáveis se tomarmos os cuidados necessários. Evidentemente, isso não anula a possibilidade de ocorrência desses desfechos desagradáveis, mas os tornam muito infrequentes.

Cuidados após o tratamento?
Não há necessidade de realização de repouso após uma sessão de laser transdérmico, podendo o paciente retomar suas atividades imediatamente após o tratamento. A pele não deve ser exposta ao sol enquanto houver vermelhidão, crostas ou hematomas para evitarmos manchas indesejadas. O uso de meia elástica depende da recomendação do seu médico. Nós recomendamos o seu uso por 48 horas após o procedimento. Hidratar a pele é uma medida importante. Não só através da ingesta de quantidade adequada de água, mas também através de produtos aplicados sobre a pele. Há inúmeras formulações existentes no mercado com essa finalidade e o seu médico deve orientá-lo.

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